05 Jun
A LIPOR continuará a projetar os seus desempenhos para níveis mais elevados
A LIPOR é um farol para as políticas públicas nesta área: só cerca de 1% dos resíduos a seu cargo têm hoje o aterro como destino e, em breve, a LIPOR alcançará a meta "Zero Aterro".
Ao prestar contas públicas de mais um ano da sua atividade, a LIPOR afirma-se pelos resultados como um ator efetivo da modernização da indústria portuguesa com vista à circularização da economia nacional.
Num país com um problema crítico na gestão de resíduos – quase 60% dos resíduos domésticos gerados em 2024 em Portugal foram para aterro – a LIPOR é um farol para as políticas públicas nesta área: só cerca de 1% dos resíduos a seu cargo têm hoje o aterro como destino e, em breve, a LIPOR alcançará a meta "Zero Aterro”.
Estamos em 2025 e na União Europeia. Portugal tem de se habituar a ter organizações líderes!
O compromisso da LIPOR com a redução a zero dos resíduos finais, e a forma como está a executar esse objetivo ano a ano, exercício a exercício, faz dela um protagonista nacional, peninsular e europeu, da transição climática e da transição energética em que o mundo está envolvido.
A LIPOR tem acelerado o desenvolvimento da sua capacidade para valorizar, em cada vez mais dimensões, todos os resíduos que estão a seu cargo na Área Metropolitana do Porto. A LIPOR transforma os seus resíduos em novos materiais, compostos orgânicos, gás e energia elétrica, que os tornam elementos de uma economia circular que poupa o país à extração ou à compra de novas matérias-primas, limitando as emissões de gases com efeito de estufa em Portugal.
A LIPOR tem bons desempenhos em todos os domínios em que atua e, em termos de reciclagem, compara bem com empresas similares dos países mais avançados da Europa. É muito importante sublinhar que todos os capítulos deste Relatório & Contas são – cada um na sua dimensão – exemplos poderosos de economia circular.
Ora, a circularidade tem de ser uma referência da transição da indústria portuguesa para uma economia tecnológica, digital, com sustentabilidade energética e ambiental. A circularidade é um poderoso mecanismo de eficiência empresarial. A circularidade é fundamental para que a União Europeia seja capaz de competir com o dinamismo económico dos Estados Unidos e da Ásia.
A forma como a LIPOR se está a reforçar como uma referência nacional da economia circular – a qual este Relatório & Contas evidencia – não surge, no entanto, "do ar”, para utilizar a expressão do secretário-geral da ONU, António Guterres.
O posicionamento da LIPOR, os resultados da LIPOR, a missão concreta que a LIPOR desempenha para as comunidades e para o tecido empresarial do seu território de ação, são fruto da visão e da capacidade de decisão do Poder Local democrático ao longo dos últimos anos.
É preciso que isto fique muito claro: foram os autarcas, com a sua visão e a sua capacidade de decisão, que conceberam a LIPOR como uma organização vocacionada para desempenhos de bitola alta, orientada para desempenhos que seguem, e muitas vezes alcançam, os mais altos padrões internacionais.
Foram os autarcas que procuraram e atraíram para LIPOR os melhores gestores, a melhor engenharia, a boa ciência e a boa investigação académica aplicada. Foi esta visão dos políticos locais eleitos que fez da LIPOR o que a LIPOR é hoje.
Foram os autarcas desta associação de oito municípios que gere, valoriza e trata os resíduos urbanos produzidos em Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, que orientaram os investimentos da LIPOR e a sua missão estratégica para a promoção da biodiversidade, da economia circular e para a melhoria da qualidade de vida das populações que serve.
É à visão política de várias gerações de autarcas da área metropolitana do Porto que se deve a promoção de um desenvolvimento da LIPOR baseado no conhecimento e nas qualificações, em que a inovação ocupa um lugar central no processo de valorização de resíduos e de criação de riqueza.
No período em que Portugal celebra 50 anos de Poder Local democrático, vale a pena sublinhar as diferentes dimensões das políticas autárquicas. A dimensão da liderança e da excelência empresarial é, seguramente, das menos reconhecidas e das menos celebradas.
Fica feito o registo – e o sublinhado.
Cabe-me também, enquanto presidente do conselho de administração da LIPOR, explicitar o quando esta associação intermunicipal deve ao seu Administrador-Delegado e às equipas dos vários departamentos que compõem e estruturam esta casa. A todos eles se devem os bons resultados que a LIPOR pode apresentar neste relatório.
Estes resultados são excelentes sob todos os pontos de vista: operacionais, ambientais, económicos, financeiros. Mas é no domínio político e social – ou seja: na dimensão qualitativa do serviço público prestado às populações – que este desempenho da LIPOR mais se salienta e mais se dignifica.
O Conselho de Administração da LIPOR quer, por isso, agradecer a todos os seus colaboradores o empenho, a disponibilidade e a competência com que desempenharam as suas missões e contribuíram para o sucesso da estratégia de sustentabilidade desta associação, que é muito mais do que uma empresa.
O Conselho de Administração dirige também a todos os fornecedores, clientes e parceiros da LIPOR, bem como a todos os "stakeholders”, uma palavra de reconhecimento para o contributo que deram para a missão da LIPOR, para a qualidade de vida da população metropolitana e da Região Norte e para a sustentabilidade de Portugal.
Em 2025 a LIPOR continuará a projetar os seus desempenhos para os níveis mais elevados. Dará todo o contributo ao seu alcance para desabituar Portugal de bitolas baixas em matéria ambiental e de desenvolvimento sustentável. (2-22)
José Manuel Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração
Presidente da Câmara Municipal de Valongo