Resultados de 2024 e o Papel Estratégico na Transição para a Economia Circular

• Produção de Resíduos Abaixo da Média Nacional: Em 2024, apesar de ter registado um aumento da produção total de resíduos urbanos, manteve-se abaixo da média nacional. Enquanto a produção de resíduos na área LIPOR cresceu 2,54%, a média nacional registou um aumento superior de 3,97%.
• Tratamento Local: A forte aposta na compostagem caseira e comunitária, permitiu que, em 2024, fossem tratadas 5.679 toneladas de biorresíduos localmente.
• Recolha Seletiva: Os Municípios Associados da LIPOR já recolhem seletivamente 28% dos seus resíduos urbanos, quando a média nacional se encontra nos 23%. Este resultado deriva da expansão da recolha seletiva em projetos de porta-a-porta no setor residencial e não residencial, aumento da recolha com contentores de via pública dedicados, ecocentros móveis e reforço da rede de ecopontos. No crucial desafio dos biorresíduos, a LIPOR é um dos dois únicos SGRUs em Portugal com uma taxa de captura acima da taxa de 20%.
• Desempenho em Preparação para Reutilização e Reciclagem (PRR): Em 2024, a LIPOR atingiu uma taxa de PRR de 31%, um aumento de 5%, face aos 26% registados em 2023.
• Desvio de Aterro: Na LIPOR dizemos não ao aterro. O desempenho da LIPOR na redução da deposição em aterro coloca-a entre os sistemas de topo em Portugal. Devido à operação de uma Unidade de Valorização Energética, a LIPOR atinge taxas de deposição em aterro significativamente mais baixas do que a média nacional (54%), sendo um dos sistemas que mais contribui para o cumprimento da meta europeia de 10% de até 2035.

• Tratamento de Biorresíduos: O sistema possui instalações de Valorização Orgânica dedicadas à compostagem, que tratam biorresíduos provenientes exclusivamente de recolhas seletivas. Resultado deste tratamento, a LIPOR produz e comercializa corretivos e substratos orgânicos de alta qualidade.
• Valorização Energética como Ativo Estratégico: A LIPOR opera uma das duas únicas unidades de valorização energética em Portugal Continental. Esta infraestrutura é crucial para o tratamento do lixo, garantindo a sua valorização energética em vez da sua deposição em aterro.
• Parceiro na Partilha de Instalações: Devido às suas instalações de incineração, a LIPOR está envolvida em relações de partilha de infraestruturas com outros SGRU, uma sinergia fundamental para colmatar capacidades deficitárias no país, conforme preconizado no PERSU 2030.

• Necessidade de Reforço de Capacidade: O Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2030 (PERSU 2030) identifica a necessidade crítica de capacidade de tratamento em Portugal. A LIPOR encontra-se a trabalhar no sentido de reforçar a sua capacidade de valorização multimaterial e orgânica com um projeto para construção de uma linha de Triagem de Plásticos e uma unidade de Digestão Anaeróbia de forma a continuar a potenciar a circularidade dos seus resíduos urbanos.