O Banco Alimentar Contra a Fome do Porto integra uma rede nacional de 21 Bancos Alimentares. De entre as atividades deste Banco, destaca-se a receção diária de excedentes alimentares doados pela indústria agroalimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores. São, assim, recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição.
Estes excedentes são recolhidos localmente e distribuídos recorrendo a Instituições de Solidariedade Social, normalmente à escala local, sendo este processo acompanhado em permanência pelos voluntários do Banco. Deste modo, o Banco Alimentar Contra a Fome do Porto, para além de combater as carências alimentares, luta contra uma lógica de desperdício e de consumismo, apanágio das sociedades atuais.
António Serôdio, 33 anos, com formação em Gestão de Empresas é Diretor Geral do Banco Alimentar Contra a Fome do Porto. Da atividade do Banco Alimentar, situado em Perafita, no Concelho de Matosinhos, destaca as Campanhas de Recolha de Alimentos nos supermercados como sendo o ponto mais alto da atividade dos Bancos Alimentares "pela visibilidade mediática devido à partilha, solidariedade e alegria. A generosidade dos Portugueses durante os dois fins-de-semana anuais em que estas ocorrem, bem como a disponibilidade dos voluntários, é fantástica”. Para o responsável, o momento mais marcante foi "saber que num sábado de Campanha, às oito da noite de um dia de Inverno, tínhamos nos supermercados 3000 voluntários e em armazém mais 400 voluntários, pessoas que disponibilizaram o tempo do seu fim-de-semana a ajudar quem mais precisa”.
Por fim, António Serôdio deixa uma mensagem e um apelo à consciência individual: "ajudar não custa e partilhar sabe bem! Reduzir o desperdício alimentar é fundamental para criarmos diariamente uma sociedade melhor e mais justa”.
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